As línguas monologam. Os discursos são bailarinas surdas que dançam no compasso de uma canção muda. A sintaxe tornou-se excludente e a poesia que pulsa no sangue quente quer libertação. Mas essa arbitrariedade do signo, essa convenção religiosa da gramática, essa pragmática obsolescente insiste em negar-lhe a vida.
Deita os olhos no horizonte da relva enquanto o fumo leve do incenso lhe cobre de flores.
Os flamingos ciscam ainda algum sentido no lodo do lago.
Deita os olhos no horizonte da relva enquanto o fumo leve do incenso lhe cobre de flores.
Os flamingos ciscam ainda algum sentido no lodo do lago.
Um comentário:
mas só há lodo!
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