Não. Não é a vida que angustia. É a escrita. É a ars poética que grita em silêncio às cousas do mundo. E as cousas respondem apenas com silêncio. O silêncio da palavra que transpassa o ser e lhe dá vida. Mas a vida é simples e escrever é coisa do Diabo, deste mesmo Diabo que me sorri e que me tenta. Não. Não é a escrita que angustia. É o poeta. Mas o poeta é Deus! Deus em seu silêncio profundo e bestial. Deus no caos de si. É o rebento que sufoca no últero da criação, representação inútil de si mesmo. Intangível, tudo angustia em silêncio.
2 comentários:
Curioso precisar escrever algo para representar o silêncio. O nada na escrita acaba sendo alguma coisa.
É o mundo que angustia, meu amigo...Essa angústia nos move a questionar o porquê do caos. É isso que nos faz diferentes. Bj
Postar um comentário