27 de março de 2012

noturno




faz-se em ira a dor que, em silêncio, pulsa nos nervos do corpo. os raios cortam a noite que um quarto de lua espia. minguante ou crescente? a lua não. a dor. ou o silêncio. nunca se sabe. palavras soltas escorrem pela fresta da janela. caem na toca dos grilos. e, vorazes, os leões do silêncio constroem sua melodia. as palavras têm a alma embevecida. e silenciam e ouvem. e o que vier depois disso - se vier - será ruído. 



2 comentários:

Daniela Denadai disse...

Ah, que saudade que eu tava de ler essas "bergamices"... =)
Bacana a comparação das fases da lua com as da dor...
You rock, Berga!

Márcio Bergamini disse...

hehehehehe "bergamices"... Me gusta muito o termo!
Gracias, Denadai!