O peixe posto à mesa. Todos apóstolos. O vinho tamborilando nos lábios enquanto a chuva cai. Olhando o mar, o Senhor. Conhece os passos do calvário, mas não viveu. Não sentiu ainda a dor dos homens a quem vai lavar com sangue os pecados. Ele espera. Ele sempre espera. Quem e quando o salvarão? Condenado o pobre Rei, como condenados estão os que esperam ainda a salvação. Enquanto isso, vejo a chuva que cai na rua. Vejo posto à mesa o peixe. Ninguém escreve o evangelho se os milagres não se realizam. Espero. Eu sempre espero. Quem e quando me salvarão do abismo de mim?
Olhamos o horizonte. Magdala não vem. Só nos resta cumprir o calvário.
Olhamos o horizonte. Magdala não vem. Só nos resta cumprir o calvário.
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