É tarde e Adriana pergunta dos meus amigos e do meu Amor. Aqueles, eu diria que vivem suas vidas em algum lugar da cidade pacata. Este... Neste eu penso e não sei. Sei de uma Loucura, de um Sonho, do mel da Flor que ainda adoça a boca...
Vejo, ao lado, o livro de Mario e me lembro do encontro de ontem à noite, na onírica dimensão do subconsciente. O Avozinho me confessou o cotidiano de sua Poesia, a soturnidade de alguns versos e a dor que tinha nas coisas de todo dia. O seu afago, pesado, terno, cheio da angústia e ao mesmo tempo confortante, me fez lembrar um doce amigo cujos olhos abraçam almas. Mário explicou-me Carlos e Manuel. A quem contei, pensaram ser mais uma loucura de minha lucidez.
Deixa, deixa...
Eu tento ver a diferença do indivíduo e do Sujeito. Da fragmentação e da plenitude que não mais existe. Busco minhas teorias: o novelo discursivo. Parece piada, mas, a única coisa que me vem à mente, neste instante, é saber que "grileiro" vem da falsificação de documentos com grilos mortos. A esse fato antológico do dia eu associo a descoberta de que "doceria" não existe. E a vida toma outros rumos a cada pancada linguística. A cada pancada física. A cada soco na alma.
Efraïn passou aqui há pouco. Brigou comigo por coisa besta. Não se foi. Implicou até conseguir o que queria. Ele e a sua mania de menino bobo. Às vezes ,é melhor fazer a vontade das pessoas do que brigar por pouco. Há quem diga que isso é assujeitar-se. Que seja.
Deixe que digam, que pensem, que falem...
As notas retumbam numa melodia triste agora. Apesar de não sofrer, dói-me a partida de um espelho do intelecto. Do espelho do Ser, talvez. Dói-me porque me sinto corpus de minha própria tese. Penso com as próprias pernas e não tenho o reflexo de mim. A crítica do outro. Talvez o espelho não se tenha partido. Talvez seja apenas cansaço da reflexão, não é?
O Velho fala da borboleta amarela e do Vento Noroeste. Fala de coisas que só ele sabe falar, de um jeito só dele. Eu queria apenas que o Noroeste varrese as folhas, como fez com as folhas, as flores, as luzes, os meses, os anos de Manuel; do Velho.
Mas eu não sei fazer o vento soprar igual a eles. Eu faço apenas bolhas de sabão que se perdem no éter e sequer derramam o frescor na alma das criaturas.
A imaginação voa. Voa e se perde como a borboleta amarela. Voa e adentra salas por janelas como na história de um Bruxo. Bruxo que odeio. Bruxo que amo. Bruxo que invejo na riqueza das coisas ditas e não ditas.
As Parcas me aparecem e peço que enrolem meu novelo e que talhem o cordão. Elas riem. Debochadamente, riem da minha situação, do meu medo, da minha fúria. Chamo Cronos e o que se materializa no espaço das entrelinhas é a teoria semiótica e o estalo da obrigação por fazer.
Me pergunto se isso tudo vale a pena. Fernando responde com maestria, mas eu não entendo o tamanho de minh'alma. Sinto só que meu corpo é pequeno pra tudo que sinto, pra tudo que quero ser. E se vale a pena ou não, já não me importa mais. Tudo o que eu queria é que tocasse um tango argentino. Mas nem dançar eu posso.
No fim deste solilóquio polifônico, crônico, nada mais vai importar, porque, quando a arte se encontrar com a realidade, vai ver que isso tudo só pode ser por que você me lê.
Vejo, ao lado, o livro de Mario e me lembro do encontro de ontem à noite, na onírica dimensão do subconsciente. O Avozinho me confessou o cotidiano de sua Poesia, a soturnidade de alguns versos e a dor que tinha nas coisas de todo dia. O seu afago, pesado, terno, cheio da angústia e ao mesmo tempo confortante, me fez lembrar um doce amigo cujos olhos abraçam almas. Mário explicou-me Carlos e Manuel. A quem contei, pensaram ser mais uma loucura de minha lucidez.
Deixa, deixa...
Eu tento ver a diferença do indivíduo e do Sujeito. Da fragmentação e da plenitude que não mais existe. Busco minhas teorias: o novelo discursivo. Parece piada, mas, a única coisa que me vem à mente, neste instante, é saber que "grileiro" vem da falsificação de documentos com grilos mortos. A esse fato antológico do dia eu associo a descoberta de que "doceria" não existe. E a vida toma outros rumos a cada pancada linguística. A cada pancada física. A cada soco na alma.
Efraïn passou aqui há pouco. Brigou comigo por coisa besta. Não se foi. Implicou até conseguir o que queria. Ele e a sua mania de menino bobo. Às vezes ,é melhor fazer a vontade das pessoas do que brigar por pouco. Há quem diga que isso é assujeitar-se. Que seja.
Deixe que digam, que pensem, que falem...
As notas retumbam numa melodia triste agora. Apesar de não sofrer, dói-me a partida de um espelho do intelecto. Do espelho do Ser, talvez. Dói-me porque me sinto corpus de minha própria tese. Penso com as próprias pernas e não tenho o reflexo de mim. A crítica do outro. Talvez o espelho não se tenha partido. Talvez seja apenas cansaço da reflexão, não é?
O Velho fala da borboleta amarela e do Vento Noroeste. Fala de coisas que só ele sabe falar, de um jeito só dele. Eu queria apenas que o Noroeste varrese as folhas, como fez com as folhas, as flores, as luzes, os meses, os anos de Manuel; do Velho.
Mas eu não sei fazer o vento soprar igual a eles. Eu faço apenas bolhas de sabão que se perdem no éter e sequer derramam o frescor na alma das criaturas.
A imaginação voa. Voa e se perde como a borboleta amarela. Voa e adentra salas por janelas como na história de um Bruxo. Bruxo que odeio. Bruxo que amo. Bruxo que invejo na riqueza das coisas ditas e não ditas.
As Parcas me aparecem e peço que enrolem meu novelo e que talhem o cordão. Elas riem. Debochadamente, riem da minha situação, do meu medo, da minha fúria. Chamo Cronos e o que se materializa no espaço das entrelinhas é a teoria semiótica e o estalo da obrigação por fazer.
Me pergunto se isso tudo vale a pena. Fernando responde com maestria, mas eu não entendo o tamanho de minh'alma. Sinto só que meu corpo é pequeno pra tudo que sinto, pra tudo que quero ser. E se vale a pena ou não, já não me importa mais. Tudo o que eu queria é que tocasse um tango argentino. Mas nem dançar eu posso.
No fim deste solilóquio polifônico, crônico, nada mais vai importar, porque, quando a arte se encontrar com a realidade, vai ver que isso tudo só pode ser por que você me lê.
2 comentários:
Fantástico.
Esta eh minha msm, Everton... ^^
Não eh do Bacuri... hehehehehehe
Thank's, man!
bjumeliga
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