3 de agosto de 2011



(aos meus alunos)

vem. dá-me a mão. quero te mostrar o caminho desconhecido que és tu mesmo. um caminho cujo chão está forrado com palavras. cada uma é uma parte de ti, que desconheces. mas não sou eu quem vai te dizer que significam elas. não. nem o livro dos verbos. és tu quem vai erigir o sentido. és tu quem deve indagar às máscaras e ouvir, apaixonadamente, o eco que elas emanam. mas se não o fizeres, se não quiseres caminhar pelo rumo que te mostrei, por estares no conforto da desídia que assola a geração ou por deixares emanar de ti a essência da barbárie, que habita o homem e o condena ao silêncio elementar das entrelinhas do grunhido, espera o que há de vir... e se, por acaso, te deparares frente ao espelho e no mirar dos olhos do reflexo encontrares a questão: quem és? não te assusta ao perceber que não tens resposta. eu bem quis te mostrar que o caminho valia a pena.



3 comentários:

Everton disse...

“... Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6)

Lygia disse...

Migo, que palavras lindas e significativas!! Adorei! Beijocas

Luiza Martins disse...

Muito lindo !! obrigada pela homenagem hehe