É o agosto que nos deixa assim. O gosto ausente da primavera das flores. A ausência do vaga-lume, das borboletas. Tudo abraçado pela secura do olhar. Tudo dormindo na aridez do verbo. O riso carente do verde da relva. É o agosto. Não nos preocupemos, meu amor. No dentro da terra, pulsa a vida. Logo chove. Não nos preocupemos. Os campos sempre renascem depois que queimam. E se falta o ar e sobra a fadiga e o peito implora pelo orvalho na rosa em flor, oremos. E se estes olhos estão vermelhos, é só poeira e assombração. É o agosto.
2 comentários:
É o agosto, repleto de gostos e desgosto. A sensação de seca enaltece o sabor do líquido que recorre em lábios, leve e suave...como a brisa!
Parabéns. amigo!
Obrigado, Marcelinha!Seja bem vinda à Choupana! ;)
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