Entre o silêncio musical dos grilos e o sorriso das estrelas, os corpos se completam no doce ritmo do desejo. Sorvem-se os amantes. Embriagam-se do melácido que inunda a noite. Extasiam-se no aroma cálido que emana o ser e se dilaceram no instante fugaz, o qual é frêmito de luz, arquejo dos olhos que deliram no prazer.
Na noite quente, a água inunda os seres besuntados de paixão e devolve vida ao corpo dos amantes, enquanto o amor descansa no afago das línguas que tecem a poesia do beijo. Na noite quente, em carícias delicadas, os olhos beijam o corpo. Na noite quente, a água alimenta o fogo: fênix cristalina que sai da fonte e penetra o ser para saciar o insaciável, os amantes.
2 comentários:
Lindo. E, no momento, triste.
Adorei. Fez-me lembrar de algo maravilhoso... ah, ilha mágica!
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