Eu quero a língua pura do pensamento, a consciência em fluxo da liberdade do sentir com as idéias. Mas eis que a língua tolhe o eu do mundo e o porvir se esvai como bruma em luz que cega. Eis que o rio rompe o discurso e o mundo fica preso, suspenso na representação obsoleta. O nada. O sempre nada que galga os degraus do ser rumo: ao nada! E o pensamento que não sente mais é linguagem híbrida em gênero desnexo. Disléxico. Vã filosofia de letrinhas miúdas lidas por velhinho míope, Deus. E eis o sentido do que eu não quero em língua alguma senão silêncio.
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