Ontem à noite, no Tatro Municipal Tenente Mário Bernardes, as bailarinas Betty Gervitz, Sonia Galvão, Maria Moane, Cíntia Kowahara, Deborah Nefussi, e a cantora Sônia Mindlin encantaram o público com o espetáculo Com-Fluência que deixou-me as mãos trêmulas e a sensação de bem-estar.
O espetáculo é composto por danças étnicas que percorrem desde rituais hindus até a sedução flamenca. A confluência dos ritmos é fruto do percurso sonoro que vem da Índia, influencia a Arábia e desagua na Espanha gitana de Andaluzia e Sevilla. Com solos, duetos e conjunto, o espetáculo prima pelas características de cada ritmo que se entrelaçam sem perder a individualidade.
O que chama a atenção são as bailarinas: senhoras com anos de experiência e corpo teso pelo execício da dança. A sedução presente no palco vem da experiência e da energia telúrica que cada ritmo imprime ao corpo, numa ritualística mística que envolve artistas e público.
A técnica é espetacular. No figurino simples reside a candura de cada etnia que encanta pela harmonia das cores e do movimento - até agora um pano vermelho corre ao vento sobre minha face. A iluminação não apresenta muitas novidades e constitui exatamente a ambientação necessária para o enlevo. A trilha, com elementos conhecidos, supreende pela presença de solos vocais feitos por Sônia Mindlin, que poderia ter dispensado o uso de microfone dada a beleza e potencial da voz. O uso de tal recurso prejudicou o entendimento das letras das músicas cantadas em espanhol.
A ponderação fica para o espaço. Um praticável era visível por um buraco enorme na rotunda velha do velho teatro. Coisas que estão por desaparecer e com as quais nem vale à pena se preocupar. A Secretaria de Cultura, devidamente representada pela pessoa de sempre, fica orgulhosa em trazer para a cidade um espetáculo de tamanha grandeza. O que se espera, agora, é que haja infra-estrutura para as coisas grandes que estão por vir. E que venham muitos e muitos espetáculos que causem tanto êxtase para a alma quanto Com-Fluência causou.
O espetáculo é composto por danças étnicas que percorrem desde rituais hindus até a sedução flamenca. A confluência dos ritmos é fruto do percurso sonoro que vem da Índia, influencia a Arábia e desagua na Espanha gitana de Andaluzia e Sevilla. Com solos, duetos e conjunto, o espetáculo prima pelas características de cada ritmo que se entrelaçam sem perder a individualidade.
O que chama a atenção são as bailarinas: senhoras com anos de experiência e corpo teso pelo execício da dança. A sedução presente no palco vem da experiência e da energia telúrica que cada ritmo imprime ao corpo, numa ritualística mística que envolve artistas e público.
A técnica é espetacular. No figurino simples reside a candura de cada etnia que encanta pela harmonia das cores e do movimento - até agora um pano vermelho corre ao vento sobre minha face. A iluminação não apresenta muitas novidades e constitui exatamente a ambientação necessária para o enlevo. A trilha, com elementos conhecidos, supreende pela presença de solos vocais feitos por Sônia Mindlin, que poderia ter dispensado o uso de microfone dada a beleza e potencial da voz. O uso de tal recurso prejudicou o entendimento das letras das músicas cantadas em espanhol.
A ponderação fica para o espaço. Um praticável era visível por um buraco enorme na rotunda velha do velho teatro. Coisas que estão por desaparecer e com as quais nem vale à pena se preocupar. A Secretaria de Cultura, devidamente representada pela pessoa de sempre, fica orgulhosa em trazer para a cidade um espetáculo de tamanha grandeza. O que se espera, agora, é que haja infra-estrutura para as coisas grandes que estão por vir. E que venham muitos e muitos espetáculos que causem tanto êxtase para a alma quanto Com-Fluência causou.
2 comentários:
Você seria um ótimo colunista de arte.
obrigado, meu caro!
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