29 de março de 2015




encontrei uma alma enforcada no galho de uma árvore. desnuda de corpo, ela olhava para dentro de si e via tremer o esqueleto. um xilofone de costelas úmidas a embalar a dança das folhas. sentei-me para contemplar. ao dar por mim, era eu a corda no meu próprio pescoço, fazendo estrebuchar as pernas de minha alma. enquanto isso, o esqueleto corria para o conforto das vísceras ainda quentes. nascia assim, uma nova sinfonia.



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