Durmo com isto: a sensação do estar vivo. Do evaporar-me numa efusão com outra erva aromática. Corpos condensados no leito da terça-feira. É doce o mel da flor. E o perfume é luz líquida que embriaga o palato. Brincamos ao meio dia. Há um balde de Lego sobre o chão da cozinha colorindo o almoço. Há peças íntimas espalhadas pelo corredor. Depois de amanhã será quinta. O inverno se despede como quem dá o último suspiro. Quando secar o suor dos corpos, será líquida a manhã. O verde grama dos teus olhos vai sorrir em sol maior. Espreitemos a primavera, ela habita o cerne dos nossos peitos. Nus e de mãos dadas, plantamos as flores do porvir.
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