cá estou, sem mãos ou pernas. trago, cravados na face, os estilhaços dos signos. a poesia se faz densa. quente. lenta. gota a gota, sob o sol do meio dia. cá estou, embevecido pelos olhos de quem não sei. silencio para que fale o que habita em mim. o estar do Ser que foi. ao objeto, o devir de todas as infringências disfarçadas nos restolhos da ação: poesia? não. o sangue próprio das mãos movendo as pernas.
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