a flor na relva que a língua procura em gosto amargo de beijos quentes é o ar perdido no escuro da rua dos signos onde mora a aurora do dia em discurso e onde brinca a língua no períneo da palavra onde se desfazem o seres para ser em braços de rio que escorrem por entre as pernas da luxúria onde a imagem se desconstrói e mingua o sentido que é todo calor e vida é a ventura do porvir o que a chama e a prende e a deseja e a possui no suor dos corpos no abismo das fendas na solidez das unhas que se quebram ao rasgar a pele do seio da Vênus os signos da rua são voyers gozando pela língua os seus sentidos tácitos no espelho do prazer e o discurso perdido no espaço do instante é o resto de pele que fica por sob as unhas que ainda restam inteiras só o espetáculo do dia para fazer ver os rostos satisfeitos a forma disforme traçada em linhas de tênues silêncios não a perdição mas a poesia do encontro do qual nasce um corpo de onde brotarão vontades outras flores novas do jardim de Príapo esquecidas em fendas férteis de sentido erótico o beijo a língua a palvra obscena que quando viu estava no dentro quente da boca a letra escapando ao lábio feroz raposa de pele clara e no meio dela a flor na relva que a língua procura
2 comentários:
Nossa!!
Cada vez melhor,meu caro Berga!\
e as crOnicas do jornal. Ainda está escrevendo?
bjos
São seus olhos, Dani! =D
Eu parei com as crônicas do jornal. Tenho me dedicado a outros escritos. Quem sabe eu retomo isso em breve?!
beijo
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