(Ana Hatherly)
as palavras descem por sobre a face do poeta como cortinas de água que se fecham sobre a face horrorizada do poeta está dentro do lado de dentro ou então fora o símbolo desce sobre a face descoberta a face descoberta sento-me na minha pequena caixa de vidro que é a página que me isola e me expõe as palavras ao poeta surgem sobem descem sobretudo nascem exasperante a lentidão da mão escrevo tudo isto ilegibilidade porque escrevo o acto de escrever a experiência de o exprimir sem exprimir isto é tentando isso descem mil escritas por onde descem surgem da ilegibilidade dum lado leis doutro leis tudo são regras a transgredir
as palavras descem por sobre a face do poeta como cortinas de água que se fecham sobre a face horrorizada do poeta está dentro do lado de dentro ou então fora o símbolo desce sobre a face descoberta a face descoberta sento-me na minha pequena caixa de vidro que é a página que me isola e me expõe as palavras ao poeta surgem sobem descem sobretudo nascem exasperante a lentidão da mão escrevo tudo isto ilegibilidade porque escrevo o acto de escrever a experiência de o exprimir sem exprimir isto é tentando isso descem mil escritas por onde descem surgem da ilegibilidade dum lado leis doutro leis tudo são regras a transgredir
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