14 de junho de 2009

Dã gu nhaaaa AMIGOS!

A tarde deste domingo foi animada, para algumas crianças, pelas palhaçadas da dupla Ricardo Dias e Maurício Fuscalco, no espetáculo infantil de estética pantomímica. Com mais de quarenta minutos de atraso, por problemas com maquiagem de má qualidade, o ato se iniciou e pareceu agradar aos pequenos que estavam presentes. Adultos também riam à medida em que dois personagens clownescos viviam atitudes cotidianas comunicando-se apenas com sons guturais. De trapaças à academia militar, passando por falcoaria e duelos, os palhacinhos brincavam no que parecia a concretização de um território onírico: um "onde" no qual as coisas possíveis possuem graça e leveza, dispensando qualquer linguagem verbal. Bendita linguagem artística!
O trunfo do espetáculo é justamente não ter o tradicional texto escrito. Se este lá estivesse, certamente o efeito não seria o mesmo. Apesar disso, a [re]forma do óbvio não foi feita tanto pelos artistas em palco, mas pelo público que acompanha o desenvolvimento dos fatos: ouvi crianças descrevendo as coisas que "viam", quando, na verdade, o invisível imperava. Inclusive a graça.
De fato, a estética foi bem concebida pela direção; com tudo muito simples e bem cuidado nada deixou a desejar em termos de figurino, cenário - as cabanas lembravam máscara de folia de reis sem expressão - interpretação e sonplastia. Há que se ressaltar a iluminação que envolveu o espetáculo desde a entrada até a saída, dando ambientação circense ao velho teatro.
Apesar do insucesso de público, previsível em tal horário e pela falta de divulgação deste espetáculo, especificamente, foi possível ouvir muitas gargalhadas dos pequeninos ali presentes.
Até o momento, me pergunto por quê eles riram tanto enquanto eu devo ter esboçado um pálido sorriso apenas uma ou duas vezes. Crianças... riem de tudo e de todos.

2 comentários:

2009 disse...

Acho que a maquiagem faltou , acho que o figurino estava errado, acho que errei em ter ensaiado apenas no dia anterior, se cabocla foi legal por ter sido feita em um mes, o sonhos de palhaço foi feito em um dia. Mas digo que as crianças riam , por ser engraçado, o sorriso da criança é verdadeiro , já o seu...

Márcio Bergamini disse...

Um dia? Vocês são corajosos. Mto corajosos. Teatro é feito de coragem e nisso vocês não pecam em nada. Por isso somos todos artistas =D
A diferença do nosso olhar (adulto?) com o das crianças é que nós somos mais críticos e vemos coisas q já não víamos qdo eramos pequenos... As coisas se nos descortinam a medida que crescemos.
O objetivo evidente do espetáculo é agradar aos pequeninos e isso foi atingido com maestria.
O resto é conversa de mesa de bar... =)