de Efraïn Bacuri
Você me diz que quer ser feliz, quando eu digo que gostaria de ser cantor. Não sei precisar os motivos de querer cantar, tampouco as razões de tua não-felicidade. Ficamos suspensos, abstratos, presos à leveza de imagem deste texto pobre em forma e conteúdo.
Enquanto isso, lá fora cai uma chuva calma que a nós causa enlevo. Há muita angústia lá fora, eu sei. Sei por que deu no rádio: Chuva traz angústia aos moradores da zona leste. Penso que eles não deveriam ficar angustiados, logo o sol nascerá primeiro daquele lado. Certamente o locutor ou o jornalista não entende muito de imagem. Chuva traz angústia. Angústia. A palavra martela em minha mente como o verso de certo poeta dentuço. Imagem bonita a do poeta, lírica, emocionante.
Ninguém entende o suficiente de imagem, você me diz. Acrescenta com sua sinceridade pudica que elas se repetem o tempo todo e que tudo é como eu digo, tudo se recria, se transmuta, se transforma. Tudo flui. Não sei se o que digo é válido. Você diz que sim. Francamente, eu não sei.
Quer um chá? Está cálido, leve, mui apetitoso. Sempre conversamos com canecas à mão. Conclusões (in)fundadas numa ciência subjetiva.
O silêncio chega sorrateiramente e impera absoluto e caprichoso. É uma criança mimada que consegue a atenção de todos. Eu ouço o silêncio. Ele me diz tudo sobre a felicidade que você busca. De repente, me bate uma vontade besta de tomar chuva. Abro a janela, estendo a caneca pra fora derramando o chá. Viro-a para que ela se encha de gotinhas d’água. Em pouco tempo está cheia e sacio o meu desejo.
Você olha com assombro meu gesto infante como se aquilo não fosse comum. Essa sua mania de estranhar tudo que é humano! Eu tomo a chuva e a angústia toma conta de mim. Olhamo-nos de modo vago e pleno. Pobres e tácitas imagens ouvindo o silêncio do rádio que angustia, chuvosamente.
Você me diz que quer ser feliz, quando eu digo que gostaria de ser cantor. Não sei precisar os motivos de querer cantar, tampouco as razões de tua não-felicidade. Ficamos suspensos, abstratos, presos à leveza de imagem deste texto pobre em forma e conteúdo.
Enquanto isso, lá fora cai uma chuva calma que a nós causa enlevo. Há muita angústia lá fora, eu sei. Sei por que deu no rádio: Chuva traz angústia aos moradores da zona leste. Penso que eles não deveriam ficar angustiados, logo o sol nascerá primeiro daquele lado. Certamente o locutor ou o jornalista não entende muito de imagem. Chuva traz angústia. Angústia. A palavra martela em minha mente como o verso de certo poeta dentuço. Imagem bonita a do poeta, lírica, emocionante.
Ninguém entende o suficiente de imagem, você me diz. Acrescenta com sua sinceridade pudica que elas se repetem o tempo todo e que tudo é como eu digo, tudo se recria, se transmuta, se transforma. Tudo flui. Não sei se o que digo é válido. Você diz que sim. Francamente, eu não sei.
Quer um chá? Está cálido, leve, mui apetitoso. Sempre conversamos com canecas à mão. Conclusões (in)fundadas numa ciência subjetiva.
O silêncio chega sorrateiramente e impera absoluto e caprichoso. É uma criança mimada que consegue a atenção de todos. Eu ouço o silêncio. Ele me diz tudo sobre a felicidade que você busca. De repente, me bate uma vontade besta de tomar chuva. Abro a janela, estendo a caneca pra fora derramando o chá. Viro-a para que ela se encha de gotinhas d’água. Em pouco tempo está cheia e sacio o meu desejo.
Você olha com assombro meu gesto infante como se aquilo não fosse comum. Essa sua mania de estranhar tudo que é humano! Eu tomo a chuva e a angústia toma conta de mim. Olhamo-nos de modo vago e pleno. Pobres e tácitas imagens ouvindo o silêncio do rádio que angustia, chuvosamente.
Um comentário:
acho que Efraim devia aparecer por aqui com mais frequencia!
=D
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