de Efraïn Bacuri
Na caneca de chá vejo as folhas secas que lentamente tingem a água de ocre. O perfume sutil que exala da infusão é imagem velha da criatividade mórbida e pobre do enunciador.
No fim do verão choveu. Nuvens cinzas cobriram o sol numa tarde quente. Quando se foi a chuva já era noite e não havia estrelas.
A primavera fora rápida: onze horas, damas da noite e uma rosa azul que murchou tão logo quanto floriu.
Agora é outono e tudo que há são folhas secas para fazer o chá.
Amanhã será inverno, os galhos hão de estar vazios e os animais hão de hibernar. Não haverá poemas para ler junto à lareira.
Sequer haverá lareira.
Na caneca de chá vejo as folhas secas que lentamente tingem a água de ocre. O perfume sutil que exala da infusão é imagem velha da criatividade mórbida e pobre do enunciador.
No fim do verão choveu. Nuvens cinzas cobriram o sol numa tarde quente. Quando se foi a chuva já era noite e não havia estrelas.
A primavera fora rápida: onze horas, damas da noite e uma rosa azul que murchou tão logo quanto floriu.
Agora é outono e tudo que há são folhas secas para fazer o chá.
Amanhã será inverno, os galhos hão de estar vazios e os animais hão de hibernar. Não haverá poemas para ler junto à lareira.
Sequer haverá lareira.
Um comentário:
Efraim descreve perfeitamente a realidade!
=D
Postar um comentário